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12 - Nami, eternamente sem namorado.

Nami, eternamente sem namorado.

Nami nasceu uma menina linda. Olhos claros, morena, sorridente desde pequenina.  Tratada com muito carinho desde o nascimento pelos pais, que até hoje são casados.

Na infância, quando começou a esboçar as primeiras palavras e dar os primeiros passos, se mostrou determinada. Sempre indo atrás do que queria e se comunicando com clareza em cima de seus desejos.

Uma virtude que também, inevitavelmente como em qualquer criança, trouxe desconfortos. Acabava tendo muita dificuldade em lidar com as frustrações devido a esses traços de sua personalidade.

O tempo passou voando, como passa também para você, não é verdade? Nami um belo dia se olhou no espelho, reparou em si própria e percebeu que estava diferente. Estava se tornando mulher. O processo de entrada nas primeiras mudanças físicas para a adolescência.

Seus pensamentos ficaram confusos em muitos momentos. Começou a sentir desejos que antes não eram comuns, ou talvez não fossem tão íntimos, principalmente no que se referia aos meninos.

Logo, Nami estava com 12 anos de idade, frequentando o ensino fundamental. Não fazia o tipo ‘cdf’, que só tira nota 10 e estuda o tempo todo, mas tinha facilidade com os estudos. Mesmo sendo introvertida, se comunicava bem e tinha o carinho e respeito da maioria dos professores e colegas.

Só que nesse período, um rapaz começou a chamar a atenção dela na sala. Quando se deu conta, estava sentindo emoções intensas referidas ao jovem. Pode-se dizer, que ficou apaixonada pela primeira vez. Sentiu vergonha e desconforto nesse processo, mesmo visualizando algo caloroso e prazeroso com essas emoções em sua mente. Por causa dessa estranheza de emoções misturadas e tão intensas, decidiu não se abrir com ninguém, muito menos com o rapaz.

O ano foi passando, bem como a rotina de estudos, compromissos em casa com a família, amizades e etc. se mantinham, mas aquelas fortes emoções sobre o rapaz se intensificaram. Mas havia um problema: ainda não se sentia confortável para se expressar. 

Num piscar de olhos, o período da escola estava chegando ao fim. Tanto tempo tinha passado e ela não se permitiu viver nada com esse rapaz. Outros rapazes, obviamente, se aproximaram dela e tentaram investir para ficarem ou curtirem juntos a juventude. Nami até se permitiu algum desses momentos, mas nunca chegou a sentir nada tão intenso, como sentia sobre a imagem do rapaz que representou a sua primeira paixão.

Nesse período, começou a primeira grande cicatriz de Nami, mesmo que ela ainda não tivesse consciência para perceber dessa forma. Sentia que faltava algo e ela não tivesse vivido aquela paixão desejada. Como se parte dela não fosse merecedora disso.

Interessantemente, entrando na faculdade, adivinha com quem Nami se depara? Pois é. Ele! O próprio! O mesmo do colégio. A grande primeira paixão reprimida.

Nesse período Nami já havia amadurecido bastante e aprendido a lidar com a introspecção. Apesar de não fazerem o mesmo curso, ela cursava psicologia e o rapaz cursava direito, estudavam no mesmo bloco, sendo assim se esbarravam com frequência.

Não chegaram a ser próximos no colégio, mas lembravam um do outro. Então, se cumprimentavam sempre que se viam.

As primeiras semanas de aula foram passando e um belo dia, quando Nami chegou em casa e foi dar uma olhada em seu Instagram, lá estava! Um pedido de solicitação de amizade do rapaz. Nami ficou trêmula, nervosa, sem reação. Foi como se todos os fortes sentimentos vividos na adolescência tomassem fôlego e estivessem voltando com tudo. Logo aceitou a pedido entusiasmada.

Inegável que ela estava se tornando cada vez mais atraente para os homens, não só pela sua beleza, mas por ser uma mulher agora, que tinha valores que são valorizados por muitos. Uma mulher íntegra, respeitosa, dedicada e família. Sem futilidade e com aquela sensualidade natural que ela tinha desde a adolescência e se potencializou ao se tornar mulher. A vaidade no nível certo!

O rapaz começou a puxar conversa por mensagem na rede social. Mostrava interesse em estar se aproximando e a conhecendo. Naturalmente, começaram a passar algum tempo juntos nos intervalos da faculdade, e como hoje as coisas acontecem rápido, acabaram saindo e ficando.

Nami estava radiante, não se contia de tanta alegria. Tudo que ela esperava no rapaz era real. A conversa agradável, traços físicos que a atraiam como um ímã, amigos e uma família bacana, desejo de crescer e boa postura. Era tudo tão incrível. A química então, nem se fala, facilmente se perdia na vontade de beijar novamente aquela boca e ter a intimidade entre eles.

Três semanas se passaram desde que haviam ficado pela primeira vez, e o rapaz começou a mudar. Parou de falar tanto com ela e deixou de dar atenção com prioridade nos intervalos da faculdade. Logo, quando Nami comentava sobre saírem ou fazer alguma coisa, o rapaz se esquivava, e com o tempo parou de responder.

Nami ficou muito confusa. Não fazia sentido algo assim acabar, sendo que na percepção dela era perfeito para os dois. Nesse momento, Nami sofreu a maior decepção da vida até então. Percebeu que o rapaz não queria mais contato íntimo com ela, e quando a tratava novamente como uma simples colega, isso rasgava o seu coração.

Quanto tempo com choro frequente e deprimida trancada em um quarto. Sem vontade de falar com as amigas para se divertir e interagir de maneira agradável como sempre foi com a família. Nami se frustrava ainda mais por não conseguir sair disso. Ficava buscando uma resposta em si, sobre o que seria que ela fez que tivesse gerado esse afastamento. O que havia de errado com ela e por que ela não era o suficiente? Se sentia a mulher com menos valor no mundo.

A faculdade continuou. Foi retomando o foco e essa tristeza também foi ficando de fundo. Passou um tempo sem se envolver de forma muito íntima com os rapazes. Ficou com um ou outro, mas apenas por desejo físico.

De repente, estava se formando. Uma psicóloga dedicada. Festa e alegria. Animou-se muito com a ideia dos projetos profissionais estarem mais próximos. Trabalhar, conquistar sua independência e se realizar de todas as formas, e novamente foi surpreendida.

Nessa formatura tinha um homem que a atraiu como um ímã. Ela ficou confusa, pois não sentia isso há muito tempo! Também ficou muito animada, por se sentir viva no sentido íntimo novamente. O homem era amigo de um colega de sala que foi convidado para a formatura. Já trabalhava e era mais velho, porém muito atraente e com boa conversa. Ficaram de cara.

Nami adorou conhecer esse homem e ficaram mais algumas vezes. Porém, logo nas primeiras semanas, ele disse que precisava conversar com ela sobre algo importante. Ela imaginou que fosse alguma coisa dele que gostasse de compartilhar por estarem se aproximando e foi entusiasmada para o encontro. Ela estava certa, mas não sabia que não iria gostar do que ouviria.

O homem contou para ela que era casado e tinha um filho. O casamento não ia bem, mas não tinha intenção de divorciar. Porém, gostaria de continuar vendo e se relacionando com a jovem Nami.

Nami se sentiu um lixo, acabada.

Tal como reviveu o fervor da paixão, também reviveu o fervor da dor e desconstrução de uma realidade expectada. Ficou sem chão.

Não fazia sentido algum. Por que toda vez que encontra alguém interessante, que realmente tinha desejo de se relacionar, o homem se afastava?

Nami começou a acreditar que ela tinha algum problema. E isso se tornou normal na sua vida. Conheceu outras pessoas que sempre acabavam se afastando ou sumindo.

Nunca se deu conta que foram eventos naturais da vida, e que não havia nada de errado nela. Sua própria consciência, decisões e escolhas em relação a sua intimidade, faziam com que ela ficasse propensa a viver o mesmo padrão de experiência.

Hoje, Nami está com 36 anos, solteira, e ainda insatisfeita por não ter encontrado seu par. A angústia da sensação de vazio faz com que não brilhe o seu melhor em alegria e amor para atrair a relação que tanto deseja.

Você conhece alguém que já viveu algo como a Nami?

Pois é! É bastante comum.

Digo isso, pelos próprios atendimentos clínicos que realizo como psicólogo no consultório. São tantas pessoas sofrendo pelo amor nunca vivido, ou até perdido.

Pensando nisso, escrevi um livro especial para te ajudar a expandir a consciência como um todo. Te ajudar a se enxergar no seu melhor para poder sim atrair pessoas que queiram construir algo maravilhoso e em longo prazo.

Um livro que vai orientar desde o lixo até o luxo. Coisas simples da sua vida, cultura, valores, que interferem diretamente no campo dos relacionamentos.

Às vezes, a angústia e carência, fazem com que você coloque tanta pressão em querer ter algo que aquilo não acontece. Existe uma teoria para isso e eu te explicarei. É preciso dar um passo para trás e entender a realidade de uma forma mais ampla, para assim retomar a construção desse desejo.

Leitura complementar:

Se você está passando por algo assim, precisa assistir ao Curso – 9 PILARES FUNDAMENTAIS PARA CONSTRUIR UM RELACIONAMENTO SAUDÁVEL.

A Jornada do LIXO ao LUXO é um agente de transformação. Transformação de nível de consciência. Nesse livro vou te ajudar a compreender com clareza questões fundamentais da vida que irão gerar valor e qualidade de vida no seu dia a dia. Entendimento sobre questões sociais, familiares, desenvolvimento pessoal, financeiro e existencial, que irão gerar evolução para você e nos seus relacionamentos. Estruturei também, um passo a passo didático para te ajudar nessa caminhada. Uma vida com melhores resultados para você e aqueles a sua volta.

01 - O que um psicólogo faz?

Julio Furlaneto

Psicólogo
CRP 14/05550-0